Morra! Meu amor... Meu amor, não tem... Psycopato

Morra! Meu amor...


Meu amor, não tem mais nada que eu possa fazer, a não ser lhe ver agonizar, buscando paixão para respirar, sufocando lentamente.
Infelizmente é assim, a morte de todo amor, não concretizado.
Todos, não possuem uma morte súbita, indolor, sem sofrimento algum. Todos agonizam lentamente, sentem toda paixão acabar aos poucos, se desesperam, na tentativa de continuarem vivos.
A quem está amando pode lhe dar paixão, mas a paixão de um só não é suficiente. É necessária, a paixão do outro. E com um amor, não concretizado, só há a paixão de um.
Meu amor, eu poderia lhe manter vivo, com ilusão. Uma paixão própria e solitária. Mas, eu estaria enganando ao meu próprio coração e pior, minha mente. Que já está insana, por causa de ti. Não sabendo o que pensar, não sabendo o que fazer. Desculpe o egoísmo e a perversidade, meu amor, mas em enlouquecer e você morrer, prefiro lhe ver morto.
Não é ingratidão. Inclusive, agradeço em seu leito e agonia, os dias que me fez, feliz. Agradeço os sonhos com ela e acordar no outro dia, sorrindo. Agradeço toda alegria de ver ela, sorrindo. Somente, você foi capaz disso. Sem você, ela seria apenas uma amiga, talvez até uma desconhecida. O sorriso dela não seria tão encantador, sua voz, não seria tão doce. Sua atenção, não me faria tão feliz. Sem você, ela não seria uma das pessoas mais especiais de minha vida.
Mas, agora ela não me quer mais. Não quer lhe dar mais paixão, para você pode respirar e ser vivo, forte. E se eu lhe der, você sobrevive, mas somente você, existirá para mim. E para o bem de minha sanidade, não posso fazer isso. Me desculpe, mais uma vez.
Gostaria de amenizar sua dor, sua agonia. Mas, não tem o que eu possa fazer. Por favor, não se agarre, nas boas lembranças, tentando se manter em pé. Deite, nesse chão frio da saudade, feche os olhos e espere a morte chegar.
Lhe dei muita paixão. Agora, não posso mais.

Meu amor, descanse em paz...