Maldito seja esse tal resto da... Marie Devalski
Maldito seja esse tal resto da existência de algo que nem existe mais. Maldita é a tua marca que se acomodou em mim. Tão profunda. Um buraco onde o bourbon se acumula, evapora, retorna. Há algo amargo na ponta da minha língua. Recito poesias que passam violentas pela garganta e acabam socando o ar. Eu preciso de um médico, mas não hoje. Enquanto tua incoerência arranha as minhas costas, eu durmo na sarjeta. E me pego implorando que a tua marca seja apenas uma palavra do poema que um dia eu inventei…