Em um minuto ela me deu a sua mão, mas... Mark Mendonça

Em um minuto ela me deu a sua mão, mas ela já sabia que eternamente seria meu o seu coração. Naquele sorriso havia mais do que uma simples alegria, ela me olhava e eu não entendia, não via, eu não percebia. Em seu peito transbordava amor, de um jeito puro, banhado em paixão. Era tudo que eu um dia poderia sonhar. O amor pode vir rápido, mas nunca tem pressa pra se despedir. Ela implorou meu beijo, fez de tudo por minha presença, se arrumou para que eu a notasse e eu de uma forma tão idiota, fiz como se eu nem me importasse. Homens que não sentem o frio e nem se queimam no calor, é assim que eu sou? Como pude ser tão rude, seria uma paz estar com ela, seria como poder tocar a luz ao sabor do som das estrelas. Lua que se enche de beleza não deixe que a noite acabe sem que ela saiba que eu a vejo agora, eu vejo tudo agora, sim, eu sei. Sinto o cheiro do perfume, o vento em seu vestido, a cor em seu sorriso, o olhar escondendo o brilho. Vejo o seu coração partido, a dor de não ter-lhe dito que se eu acordasse, e de minha ilusão me livra-se, eu rasgaria em mil partes meu peito sofrido e pediria a Deus perdão, pois sem que eu pudesse respirar lhe entregaria meu coração, olharia seus olhos e diria que você é a única razão, o motivo e a forma perfeita de realmente eu existir e achar feliz a manhã que vem me acordar de um sonho tão gostoso. Tanto tempo se foi, muita coisa passou, mas ainda não sei viver sem saber o sabor do beijo de sua boca, de cor vermelha, desenhada de batom. Queria te fazer dançar, cheirar profundamente o seu cabelo, te fazer rodar. Segurar suas mãos para nunca mais soltar.