Imperfeitos Somos, quase sempre,... Gustavo Matheus
Imperfeitos
Somos, quase sempre, contraditórios. Pedimos muitas vezes para não sermos julgados, mas julgamos. Exigimos respeito, mas selecionamos a dedo os merecedores do nosso. Tendemos a dizer, com certa constância, que daquele “mal” ou atitude não sofremos ou carecemos, mas nem sempre é assim. Admitimos com facilidade os erros dos outros, já o nosso... Dificultamos o perdão, impondo a ele condições que não cumpriríamos. Aceitamos o orgulho, quando nosso, mas renegamos o alheio. Queremos que as pessoas sejam elas mesmas, desde que se comportem como esperamos. E muito mais...
Ainda não entendemos. Não descobrimos o que é isso aqui... Talvez seja essa nossa maior dificuldade, o medo entranhado no desconhecimento do que é viver num mundo que não é só nosso. A dificuldade em aceitar que ainda estamos sendo “feitos” e nunca estaremos “prontos”. Pois então, se assim for, pratiquemos compreensão. Antes mesmo de buscarmos uma evolução própria, melhorando nossos atributos, vamos tentar entender e aceitar os defeitos e até mesmo qualidades de outrem, independente de nós mesmos. Mal somos capazes de nos moldar, que dirá os outros.