Moça Bela Moça bela, que sutilmente... Augusto Matos
Moça Bela
Moça bela, que sutilmente gesticula doçura e elegância
Coloca-se discreta no ambiente, simples e pura margarida
Sorriso espontâneo, algo de luminoso em alma transparente
Sua melódica voz exalta meiga composição, que diverte e instrui
Cruza formosas pernas sem vulgaridade, apresentam-se pés delicados
Suavidade das mãos, no outro extremo corpóreo, em atraente harmonia
Implícita sedução rege o olhar e induz imantados desejos cavalheiros
Sua roupa resguarda conteúdo tal como pétalas de um formoso botão
Sabe que o momento de abrir-se pertence à sabedoria e à dignidade
Fonte de apreciação quase hipnótica e um magnífico deleite visual
Promissora mulher de personalidade e esperançoso futuro à sociedade
De sólido caráter, resplandece virtuosa e exemplar cidadã
Fruto abençoado, opõe-se às decaídas atuais mulheres-frutas
A modernidade não invalida consagrados modos de uma dama
Educada, sabe acrescentar conhecimentos à luz da cultura
Escreve seu cotidiano em múltiplos tons de Lápis Lazúli
Caligrafia e gestos benevolentes advindos do ingênuo coração
Vida como livro de romance amadurecido na ternura juvenil
Decodificada no poema, manifestação por versos de encantamento.