Já passei da idade de acreditar em... Clarissa Corrêa
Já passei da idade de acreditar em algumas coisas, tipo Papai Noel, Fada do Dente e Homem do Saco, mas infelizmente ainda acredito nas pessoas. Digo “infelizmente” porque elas vivem me surpreendendo de uma forma negativa. Não que eu seja uma pessoa ótima e nunca erre, mas gosto de quem se mostra como é logo de cara. Você entende o que quero dizer?
Se diz que é sensível, vou acreditar na sua sensibilidade. Se diz que é impaciente, vou acreditar na sua falta de tolerância. É simples: eu acredito no que você diz.
Por outro lado, tem aquilo que não é dito, mas mostrado. Sim, sabemos que as atitudes valem mais que mil palavras em diversas línguas. É ou não é?
É claro que todo mundo tem defeitos e qualidades, nunca esperei perfeição absoluta. Como posso exigir algo que não tenho e nunca terei? Estamos aqui para aprender dia após dia.
Não sou intolerante com quem erra, mas com quem trai. Aceito as pessoas como elas são, desde que elas sejam honestas. Desonestidade não consigo engolir. E o que entendo por falta de honestidade? Gente que engana, que quer se dar bem, que mente, que passa por cima dos outros, que finge ser do bem, que dá um sorrisinho na frente e por trás te detona, que usa os outros, que rouba, que age de má fé, que não tem caráter, que manipula, que joga, que é maldosa, que se faz de vítima… A lista é extensa, mas a regra é simples: é preciso ser sincero. Sem ser mal educado, é claro, pois ser sincero é uma coisa, ser grosseiro é outra bem diferente.