Abafou a dor como se ninguém precisasse saber que aquilo doía,...
Abafou a dor como se
ninguém precisasse saber que aquilo doía, que ela sentia. Criou mil teorias que justificassem a ausência de dor, a pressa de recomeço e camuflou, de um jeito bem bonito a ferida mais feia e
aberta que havia.
Mas esqueceu que o tempo sabe onde ficam as feridas e quando tudo resolverá derreter, toda maquiagem
sumir, todos os curativos se tornarem ineficazes e provocar aquela imensa bagunça: a razão se perde entre tantos caminhos e nenhuma alternativa
realmente eficaz e o coração fala mais alto querendo gritar aqueles medos.