Mundo Cego O tempo arrasta o mundo, Qual... Verônica Miyake
Mundo Cego
O tempo arrasta o mundo,
Qual um trem desgovernado
Vai sem rumo, moribundo,
Leva o homem flagelado
Pro buraco que é sem fundo.
Já não pensa toda a gente
Que só de futilidades
Vem alimentando a mente:
Não enxergam mais as grades
Por viver tão livremente.
São sutis, subliminares,
As mensagens das novelas
E as músicas populares,
Que nem são assim tão belas
Mas enganam, sim, milhares.
É materialista a era,
Este tempo que é moderno,
Onde muito se venera
O que pinta bem o inferno…
E onde Deus é só quimera.