As mãos do destino até que mediaram... f mauro

As mãos do destino até que mediaram esforços nos últimos tempos pra mostrar o quanto ainda é prazeroso a movimentação do amor. Pena que o frio da realidade age nos momentos errados...ou certos. Sabe-se lá por quê.!
Ironiza-se sem pudor uma visão amarga dos fatos e acaba por vestir com luvas ásperas e sem explicação aparente estas mãos.
As unhas podadas da falta do saber caem num turbilhão sem sol, sem luz e mesmo assim evapora-se qualquer detalhe do acaso, em alguns momentos as mãos movimentam as peças de um ser para entrelaçar-se, mesmo que seja por minutos a união complica-se mais e mais todo esse contexto.
É no apertar destas mãos que tudo se encaixa, os dedos cruzados mostram com veemência que os dois podem e devem carinhosamente se fixar, mesmo que em alguns momentos estas se separem. Em breve a união aconchega-se novamente sem estresse e com a limpidez da confiança lavando tudo pela frente.
Por que será que tudo é complicado? Se é justamente nas mãos que as linhas do destino já se formaram lá no útero, obedecendo toda uma singularidade...
Tudo somente se explica justamente por não saber a maneira, a hora certa, o tamanho ou mesmo a cor, de tirar ou colocar as luvas.
É quando o destino manuseia todos os dedos nas suas divergências de tamanho e de propriedades para que: com linhas, com unhas, com anéis e a liberdade de ser feliz, é que as palmas se façam ser ouvidas pelas almas lá de longe, bem de longe e que é sabido que toda história de vida já fora escrita nos pergaminhos do universo.
E o amor em algum momento irá vir e se encaixar novamente, entremeio aos calos de mãos marcadas, mas fortalecido e renovado com o brilho das alianças.

Mãos.