Não uso branco tampouco preto fui... Mônaco 1960
Não uso branco
tampouco preto
fui vestido desde tempos antigos
com a tonalidade vermelha
talvez miscigenado,
vagando entre os termos
mas sem nunca me definir
se branco ou preto,
sou apenas a cor solitária
que anda sozinha na noite
deturpando virgindades
e a infância das moças,
sem uma alma gêmea,
residente de outra dimensão
onde amores são unos
e vagam como eu
nestes termos indefinidos,
acatando assim a solidão
vermelha dos dias.