Olha a tua volta, Tu acordou como brisa... Cainã Koweiter.

Olha a tua volta,
Tu acordou como brisa da manhã que encontrou, depois de brincar com as folhas dos pinheiros solitários, os obstáculos feito muro, que fez-te parar e adormecer no silêncio daquela pura sensação, inocente ao se deparar com a simples morte finita. Tu deixou as ruas sujas de vida, acordou os bêbados sem rumo cobrindo-os de frio para lembrar-vos que viver é um arrepio insensível acabando com os sonhos dos pássaros no ninho. Tu foi uma performance incrível que quis ser furacão. Descobriu que ser o que é, é um tiro no pé, e quis vomitar teu coração para não mais amar. Descobriu que o sol vem depois desfalecendo tua existência e consolando aqueles que querem ver o amanhã. Tu quis adormecer sem tentar mais uma vez. Quis tocar a pele de quem tu nunca teve a chance de apreciar. Quis ser o impossível. Mas descobriu e descobrir cegou teus olhos, teus sonhos e tua vontade. E aceitar está além do que você pode reconhecer porque a ilusão nunca foi tão aconchegante quanto hoje. Então volte pra invisibilidade que sempre te pertenceu para nunca mais morrer por dentro, porque lá tu é eterna. E eternidade te faz deus. Deus de tua vida, de tuas consequências. Deus de meus mais sinceros versos. Então volta, minhas palavras não são nada sem ti.