"Sozinho". Eu no meu canto e... Rosário Vicente Alberto

"Sozinho".
Eu no meu canto
e tu no seu,
chamei o seu nome
e ninguém respondeu,
sáio pra fora e não encontro ninguém,
apenas encontro o sol claro e o azul do céu
o cantos dos pássaros e o silêncio do vento
o cheiro da poera e o incolor da água
o verde das plantas e a respiração dos
animais
as trocas gasosas das árvores com o meio
ambiente
no silêncio quieto em que eu me encontrava
ouvia os batimentos descompassado do meu
coração.
Procurei por pessoas mas não encontrei
e logo dei conta que eu estou sozinho
sozinho no meio da natureza
sozinho no meio do nada e de tudo
mas não me desesperei
e quando tudo parecia perdido aí me lembrei
que no princípio Adão vivia sozinho,
assim como eu me encontro agora
mas ele adaptou-se ao ambiente e divertiu-se
dando nomes no animais
até que lhe foi dado uma compainha.
E eu espero a minha
de noite e de dia
idealizo como ela vai ser
e assim aumenta as minhas expectativas de
viver
observo a noite a cair e o sol apor-se
o vento a soprar e a lua a iluminar
as estrelas a brilharem e as horas a
terminarem
vejo animais a se casalarem
e as aves a voarem
os peixe a nadarem e as plantas marinhas a
flutuarem
mas não vejo você e nem ninguém
eu estou sozinho
e acompanhado com o tempo e com a
natureza
quero me socializar mas não consigo, porque
o mundo é muito injusto comigo
de tanta solidão eu choro e calo mas não me
zango porque a solidão faz parte de mim
mas vale viver solitário duque mal associado.
Aminha solidão é mental e imaginária e não
uma realidade.