Não dá pra viver (ou sobreviver)... Alexandra Guiso
Não dá pra viver (ou sobreviver) dependente do que é raro, como um viciado que aguarda ansiosamente a próxima dose. Precisamos descobrir o sabor da simplicidade e curtir a beleza do que não requer tanto esforço. Porque é fácil ser feliz em meio a cenários paradisíacos, em contextos pré-fabricados para a perfeição. O desafio é se manter pleno com o que se é.
Porque há isso. Há aquele tipo de pessoa que gosta de interpretar a infelicidade e curte viver e reviver o drama como um agasalho, que aquece e protege de algo muito mais sério e profundo, que incomoda. E este nunca passa, pois, se transforma em um acessório. Há, ainda, os que esperam muito da felicidade, quando a felicidade em si é realmente algo simples, muito mais simples do que imaginamos. A questão é perceber, o que é a felicidade para cada um. Aonde ela está.
Para ter essa tal felicidade como algo rotineiro, que cada um realmente merece (ou deve merecer) é preciso se despir de preconceitos e se entender com o que está aí. Por inteiro. Afastar fantasmas e fazer de cada dia um dia bom. Não precisa ser incrível… precisa que faça valer a pena estar vivo.
Viver é passar por dias comuns e, na rotina, descobrir coisas novas com o que aprendemos entre um tombo e outro, entre cada batida do coração.