Ó estranha quietude que habita o... Julio Weber Maciel
Ó estranha quietude que habita o interior de meu ser. Ó estranho pesar que mais de uma vez possuiu todo meu modo de agir e de pensar corretamente. Como poderia imaginar que toda está influência do instinto da razão fosse me abater e me jogar de encontro as quimeras do tempo, da razão, da voz interior que sempre me diz, mais uma vez, o que devo ou não fazer.
Passo os olhos, as mãos, sinto, vejo, imagino; tudo e vida, morte; tudo é nascer e perpetuar o nascimento com juventude e o amadurecimento; tudo é sofrer e se entregar aos olhos cabisbaixos e chorosos da razão; tudo é alegria na ânsia do saber e do corrigir corretamente todas as conclusões.
Não quero ser aquilo que me dizes que devo ser, quero ser livre, não ter um opressor ditando-me regras e maneiras de agir.
A livre e espontânea vontade é ponto máximo da minha concupiscência e da reflexão instintiva. Vá em paz; siga caminhos memoráveis, passe por sobre escombros da própria sabedoria, seja milenar, conheça os astros, as galáxias, conheça a si mesmo como se tudo passasse em um só segundo, dentro, enclausurado neste corpo humano que é só matéria e se transformará em pó, voltando assim para os limites da sua extensão de espirito, como precursor de ventos, de terremotos, de tristezas, de tudo que existe, como se tudo não encontrasse um ponto, ou lugar generalizado por barreiras impedindo-lhe os caminhos a seguir.
Volte quando não mais possuir a verdade, tentando encontrar, mesmo que sofra, as verdades perdidas ou influenciadas pelos enganadores da palavra, combatendo assim todas as mentiras com verdades. Muitos não aceitarão, pois, estão presos dentro de falsos conceitos. Não sabem pensar, pensam por eles, sentem medo que tudo desabe e se encontrem perdidos e presos numa teia de sofrimentos.
Mas o que é o sofrimento se não sabe distinguir se estão certos ou errados? Como que o sofrimento pode abater-lhes a alma, se já se encontram abatidos de sofrimento e mal sabem disto? Este é o sofrimento que foi entregue a humanidade, não sabem refletir e discernir corretamente e entregam-se as palavras de falsos profetas, idolatrando falsos deuses. Existe sofrimento pior do que este?
Muitos eu sei, riem quando são levados a enxergar seus erros, mas não dão o braço a torcer, mesmo sabendo que estão errados, pois isto é o orgulho de seus próprios enganos.