Eu era um vão tornado do mais puro e... Valdiclayton Pontes
Eu era um vão
tornado do mais puro e denso do nada
talhado e usado para bens não úteis.
Eu era o anão em meio aos gigantes
O perdedor que mais perdia
A chuva que não molhava
Era a calha que não sugava
A mentira boa que cegava
Os olhos do bem na escuridão
Era o erro de certeza e certo
o mais puro cetro que de esforço morria
nas asas da solidão
Com você tornei ao ar
e até mesmos as almas tem que resistir
e assim caem tanto quanto é a vontade
não há maldade
no ato de coexistir
Por isso eu rogo, imploro
aos cantos mais antigos
eu digo felicadade
e me dizeis "não partis".
Pois toda vez que chorar
é o lavar da alma pelo amor
e o meu clamor de longe
e o de ter, querer
você junto a mim.