Depois de cumprir tudo que a existência... Maurílio Ribeiro da Silva
Depois de cumprir tudo que a existência obriga, morreremos. Não a morte simples de pupilas dilatadas e ausência mórbida, quem dera fosse. Eu temo a morte que se apaga em pupilas inexpressivas e distantes. Temo o silêncio que habita indigno em respostas evasivas, mera conivência da angústia. Não choro pelos que partiram, choro pelos que ficaram e ficando, então partiram. Não choro pelos que partilharam do sangue, e sim pelos que cerraram os punhos em mãos pálidas, caladas e frias