Hei de achar meu coração Num acaso... Ágda Moura
Hei de achar meu coração
Num acaso inconsequente
Assentado num batente
Agregado em qualquer vão
Hei de ver na minha mão
Nossas linhas se cruzarem
Os destinos se abraçarem
Nossos olhos se lamberem
Nossas vidas se quererem
Nossas almas se amarem
Hei de ter o que não tenho
Como quem tinha e perdeu
E no mundo se escondeu
Não deixou nenhum desenho
Feito cana no engenho
Sentimentos triturados
Quem deixou nossos recados
Quem tirou você do eixo
E deixou como desfecho
Nossos corpos separados