Não é de agora que tenho me preocupado... Delva Brito
Não é de agora que tenho me preocupado com a falta de paciência que assola o mundo. Tenho me exercitado bastante mas, ainda, não o suficiente, confesso.
Não há fórmulas mas, quando estava na Estação Rodoviária de [...], tive um "insiggt" e, o curioso, é que ele emergiu da falta de paciência. Não dá pra descrever com exatidão mas, quando me vi: tendo que me sentar no chão pra esperar o ônibus (que não entrou na estação e ficou do lado de fora (como adivinhar que era o tal?); sendo obrigada a entrar num sanitário com condições precárias; vendo lixo espalhado pelo chão; um rapaz varrendo as mesas do "fast food" da Rodoviária com a mesma vassoura que estava varrendo o chão; pessoas comendo com as mãos sujas etc, fiquei a pensar que situações como estas, que não dependem de quem está vendo (não é a sua cultura), fazem com que você respire fundo, se recolha e peça iluminação para ser paciente e tolerante. Nesta viagem, observei tantas outras situações difíceis, como mulheres fazendo o trabalho pesado de construção civil junto aos seus filhos em processo de amamentação...
ENTÃO ME PERGUNTEI: "Como não agradecer pelo que somos e pelo que temos? Concluí que, infelizmente, assim como aprendemos com o processo de dor, este é um excelente exercício (embora doloroso) para aprendermos a ser pacientes e tolerantes, ou seja, a ver e, ao não poder interferir, recolher-se no silêncio, aquietar o coração E AGRADECER pelo que conseguimos!
Enfim, quando viajamos, aprendemos muito, talvez porque ficamos mais em silêncio do que quando estamos em "casa".