Vai doer, eu sei que vai... Pode até... ketelayne Souza
Vai doer, eu sei que vai... Pode até fazer sangrar o seu coração... Mas vai te servir para enfrentar coisas muito piores no futuro. Por exemplo, a chuva:
A água precisava esquentar passar por aquela fase em que a agonia ou angústia tomavam de conta de sua vida, sua existência... Mas, quando pareceu que não tinha mais jeito, que nada mais aconteceria... A evaporação começou e daí em diante ela se transformou em algo novo! Em um novo estado, ela mudou!
Em uma nova fase de sua vida, a água se misturou com o ar... A partir daí ela começou a entender que foi preciso passar por aquela “fase ruim” para se transformar, e só assim poder se misturar ao ar e subir cada vez mais levemente... E ao seu lado.
Ao redor desse relacionamento entre a água e o ar, formou-se uma proteção. É que a água já havia passado muito tempo sozinha e necessitava que alguém lhe completasse... Mesmo que com o tempo ela houvesse mudado. Portanto, ela não podia deixar que “qualquer um” chegasse ali e destruísse aquele “Amor”... Pediu às nuvens que os guardassem.
Mas, “como a Vida não é só isso’’... A água viu que o ar não estava tão feliz do seu lado, e por amá-lo tanto não o quis por perto e se arrependeu de um dia ter deixado de ser quem foi, só para o agradar, para se unir a ele. Simplesmente, ela não conseguiu, sozinha, atingir altitudes tão elevadas nem encontrar massas de ar frias como as que os sentimentos de ciúmes e possessividade trouxeram-nos. (Viu que não poderia amar por dois).
Aí, ela condensou-se e transformou-se novamente em água. :’(
E como foi pesada... Como foi difícil sustentar-se no ar... A água, por vontade própria, caiu em forma de chuva.
É... Às vezes esperamos exemplos surpreendentes, histórias mirabolantes, para entender os mistérios da Vida. Quando, na verdade, é tão simples... E está em coisas tão simples... Que acontecem a toda hora, mas que não conseguimos enxergar porque por muito tempo, nos preocupamos em querer ver além do que nossos olhos podem enxergar. Quando na verdade só precisávamos olhar para dentro de nós mesmos, antes de qualquer coisa.