A milênios eu te amo... Nossa, há... Paulo Del Ribeiro
A milênios eu te amo...
Nossa, há muito tempo que eu te amo! E por te amar tanto assim é que eu posso ver tudo desta forma que vejo. É isso. Você é tudo isso diante de mim, a noite, o dia, o céu, o mar, o universo por onde vago me desviando das estrelas e principalmente a lua pra onde miro sempre sempre com os meus imensos olhos abertos e voltados como se fossem voltados só pra você. Você nunca ficou distante da minha alma, por isso é que te vejo assim e sinto a sua presença em tudo que me rodeia.
Que caminho é este, tão abstrato, que me leva até a sua alma e que te traz calma até a minha? Quando poderia tudo acontecer, eu ao seu lado, você ao lado meu e enfim tudo acabado? O que se esconde dentro de cada um de nós, que só posso revelar a você e você a mim, feito cúmplices de outrora e que com a mesma cumplicidade seguimos juntos para eternidade? Como seguir assim, como se fossemos conhecidos a milhares de anos passados, de onde fomos desprendidos, perdidos, para somente agora podermos nos tocar outra vez e viver o que antes não pode ser vivido? Quem sabe, aquilo que você sente não seja mesmo o amor que ficou guardado a milênios, sem pressa, esperando por nós dois em silêncio na porta restante do tempo.
Nunca, jamais irei te deixar, somente para não sofrer um dia por aquilo que hoje eu poderia perder. Nunca quero dizer eu te amei, porque até o fim quero te amar. Nunca quero sentir a dor da perda, por isso nunca nada será perdido. E assim juntos, de mãos dadas, virados e de cabeças erguidas para Deus, olhando para o mesmo céu, haveremos de compreender tudo e sermos abençoados por ele.