Compramos um ticket de embarque para um... Fábio Varpechowski
Compramos um ticket de embarque para um trem que nunca chegará,
Onde um banco nos espera com o nome estampado ao lado da janela,
em um destino em que o melhor estará de mãos dadas com o futuro,
e a felicidade será tão abundante como água que jorra e escorre pelas mãos,
como o tempo contado por um relógio que cria a morte e inventa o renascimento,
e dessa forma subdivide o bem e o mal disfarçando os próprios amigos e inimigos da mente,
morrem agonizantes, vitimas de si mesmos, das próprias invenções,
sucumbindo em busca de mais vida, e mais tempo, de mais coisas, que mal sabem o que são,
caminhando para o vazio, na ansiedade de chegar há algum lugar que jamais existiu..