CIÚME CRUEL Eu não percebo, não quero... Isabel Morais Ribeiro...
CIÚME CRUEL
Eu não percebo, não quero perceber
O ciúme desmedido, que se faz insensato.
Liberdade sufocada que não inspira poemas
Olhos mal dormidos que não justificam a poesia.
As muitas perguntas caladas explodiam.
O poeta de passagem que rompeu as ânsias
Que escreve e guarda o instante em palavras
Descobertas das delicadezas que nós tratávamos
Frases escritas que permaneceriam ocultas
Nunca seriam identificadas ou traduzidas
As letras traziam na alma, o ver das palavras
A calma da vontade de ter e sentir
Sabor da entrega e das descobertas apaziguadas