A queda (2012) Era possível sonhar... Murilo Félix
A queda (2012)
Era possível sonhar eternamente e unicamente com um grande e infinito sonho
Nas margens do paraíso, com vozes de anjos e na presença de Deuses
Um sonho comum a aquele que acredita em si, na fé que lhe conduz
Era possível simplesmente sonhar e sorrir, um profundo e verdadeiro riso
Com a alegria de um sonhador eufórico e completamente iludido.
Sendo, ainda, possível atravessar por estes vales, morros, estradas e montes
As barreiras e empecilhos casuísticos que nos afetam enquanto vivemos
E se saber viver, devemos sonhar aquele lindo sonho, eterno como deve ser.
Nessas praças desertas onde encontramos a si, e dizeres sutis e uteis ao patamar de mim
Quanta tristeza, destreza a de vir no fim? A verdade e a certeza podem ser assim
E tão obscura a noite, o céu e a vida, com tantas e quantas perguntas, o que és tu futuro?
E digo a ti, com lastima de não compartilhar-te a mim: é um céu noturno e obscuro
Então, diante do que restou dessa pequena história, essa minúscula cena, encenada sem ensaio.
O que será de nós? O que houve de errado? Quantos fins encararemos, isso nunca acaba, nunca encerra, viveremos eternamente o vago e vazio céu obscuro da incerteza.