Vivo a esmo, mesmo quando o dever chama,... Autor Desconhecido
Vivo a esmo, mesmo quando o dever chama,
esperando aquele amor que prometeram...
Se ele existe, onde foi que o esconderam?
São as dúvidas de alguém que ainda ama.
Esse amor já fez de mim um prisioneiro,
réu confesso, por ter dito que amava.
"Eu te amo", disse, dei minha palavra...
O meu erro foi ter dito isto primeiro.
Fui traído pela minha insegurança,
maltratado pela minha paciência,
torturado pela própria consciência,
magoado pelo amor, que não se cansa.
"O amor é paciente". Espero, então.
"O amor tudo suporta". Eu suportei.
E amando, ainda mais suportarei.
Deixo as mágoas à Divina Compaixão.
Conto as horas, em total desesperança,
esperando, em aflição, meu julgamento.
Por enquanto, minha pena é meu tormento;
solidão será a última sentença.