Ser da dor, perdido meu ser, selado no... celso roberto nadilo
ser da dor,
perdido meu ser,
selado no amanhecer,
dor do meu ser,
então seria frio,
do meu ser abadio,
sombrio meu ser,
assim então seria...
a dor sem fim...
no meu ser seria fim...
sombrio do meu ser,
seria frio tardio,
a dor sem fim,
assim seria meu ser,
sem fim doloroso,
no meu ser,
bem qual sou tenho ser,
mau sei quem sou,
mesmo assim sinto a dor,
infinita num desejo,
puritano do meu ser,
glorificado na escuridão,
meramente um trecho...
de um caminho inafundável,
a escuridão do meu ser,
assim sou não crio,
nem transformo,
apenas desejo ser,
em manto perdido na escuridão,
de palavras ao vento,
criadas pelas sementes do meu ser,
assustado nessa escuridão,
passada no fundo do ser,
bem qual nada compreendo,
somente sinto medo de ser,
do bem qual foi no escurecer,
seria a palavra assim ainda seria o ser,
palhado espalhado no fruto da imaginação,
esse é o ser deixado na escuridão,
sem fronteiras do destino o medo pode ser,
o medo ainda pode ser pelo qual escureceu,
ainda sou que nunca fui diante da escuridão,
quem sou apenas pedaço do fundo,
ainda mais escuro perdido no próprio ser,
bem assim seria passado no templo,
do qual assim deixei a solitude.
nos braços eternos da virtude amarga do ser,
e veria que espaço ainda seria o mesmo,
nada seria mesmo passado que ainda foi teu ser,
teria o frio selado no amanhecer,
sentiria o ador do parador,
pairado no ser,
então seria o escurecer,
velado num caminho passado em um virtude,
então seria o ser,
visto no amanhecer o mesmo escurecer,
parado no ser,
sensato um parecer assim o ser,
selado no escurecer,
bendito nesse caminho como deve ser
assustado no profundo do ser.
destino tão tardio ao ser,
situado moralmente no próprio ser,
sepultado no escurecer então um bom parecer,
traído pelo qual deve ser,
a grandeza do qual se perdeu,
sentindo o profundo do ser,
bem qual poderia ser,
assim velado nas profundezas da escuridão...
dita simultaneamente o pranto do ser.
por celso roberto nadilo