Há noites que são imensas como um... IsabelMoraisRibeiro
Há noites que são imensas como um eterno inverno
feitas de montanhas mudas e ventos cortantes.
Noites de sonho ou realidade carregadas de volúpia
vestiu-me de amor e despiu-me de saudade.
Desapareceu escurecendo os sonhos
que trazem lembranças, nas asas velozes.
Há noites que tornaram-se pequenas torturas
lutam de esperanças entre nuvens, aurora vencida.
O canto do pássaro à janela, cansado do silêncio já vencido...
sentimentos apalpados ao toque dos sonhos adormecidos.
Aquecido pelas notas musicais, nos ponteiros do relógio,
bebo o doce o amargo da agonia para esquecer.
A sombra dos teus olhos, tento esquecer a realidade...
Cega de lembranças, adormeço e sonho noites melhores.