Se não fosse a poesia nunca Teria... Artur Gonçalves Sapo
Se não fosse a poesia nunca
Teria deixado a mulher
Que não amo em uma plena
Paixão ardente por mim
Agora chora a alma da mulher
Angustiada deixada na solidão,
Chora o coração sofredor
Se não fosse o meu jeito amoroso
De lhe dar atenção nunca iria lhe fazer
Amar sem ser amada, e chorar
Sem ser consolada e limpada as lágrimas
Agora ame alma da mulher sem ser
Correspondida deixada na tristeza
Da culpa de si própria, ame pobre
Sofredor no horizonte de esperança
Se não fosse a minha voz, o meu
Cantar e as minhas simples ilustrações
Nunca cometeria tal erro assim de
Deixa-la em plenas alucinações por mim
Já não resta mas nada para ela se não
Chorar e lamentar, agora já não resta
Mas nada se não prantos derramados
No chão e sozinha no colchão. tristeza.
Se não fosse eu, simplesmente eu
A fazer tal coisa já não sei, acho
Que seria outra pessoa a magoa-la
Mas mesmo assim esse alguém
Também iria magoar, sem sorte
Agora ame alma da mulher sofredora
Varrida nas esquinas, deixada em cortinas
Azuis, só azuis mesmo para ela…
Mas quem sabe se a sorte pode chegar?