“Muitas vezes eu também já me... Gracia Monte Barradas
“Muitas vezes eu também já me perguntei se adianta a gente se empenhar para abrir o coração num tempo de tantos corações rigidamente trancados, em que o medo parece dar as cartas e descartar possibilidades de troca, espontaneidade e amor.” Ana Jácomo
Falando de... Saudades... Outra vez você...
No fundo, no fundo, suponho que nada signifiquei... Será?
Esperei , e como esperei por longos dias, longas noites.
Esperei por uma mensagem, uma carta, um toque de telefone...
Nada!
Confesso que ainda espero...
O tempo suaviza a tormenta cinza. Ameniza e sufoca o desespero daqueles dias!
Ainda desejo quase que desesperadamente, sentir o contato daquelas mãos.
Foi tanto o amargor ao ler o que seria um adeus, que minha’lma se contraiu violentamente em lágrimas e soluços surdos de dor. Foi um sentimento estranho... Precisava que meu coração se livrasse daquelas fortes emoções, daquele sentimento de desilusão. Doía-me tudo!
Creio ter sido um amor intenso que ternamente me marcou para a espiritualidade. Toda a minha alma transbordou amor, tudo em mim refletia uma boba felicidade. Arriscaria tudo. Voltei à realidade. Ainda sinto aquele leve ciúme de quem possuiu tua atenção.
Às vezes penso que teu silencio é tua proteção.
Às vezes penso que suspira tristemente de saudades de mim e que o teu desejo é tão intenso quanto o meu.
Às vezes imagino teu coração descompassado e tuas mãos ensaiando escrever qualquer coisa que abrandasse nossos corações. Outras, penso que acha graça de minhas fantasias e romantismo...
Quando vagueio sozinha e os pensamentos se aconchegam nas lembranças, surge aquela tênue esperança de te ver e tocar o teu rosto outra vez.
Grácia Monte