Porteira aberta... Eu sinto muita... erotildes vittoria
Porteira aberta...
Eu sinto muita saudade
daquele aconchego do campo
e daquela porteira sempre aberta,
esperando para eu voltar.
Eu nunca esqueci
o canto dos passarinhos
que voavam de um lado ao outro
e só iam embora
quando a chuva caia
e molhava o canteiro das rosas
onde um dia eu havia plantado,
o amor que por ti, crescia.
Saudade das noites estreladas,
do luar que me fazia sonhar,
das flores do alecrim
e das lavandas perfumadas
lá no meio do jardim.
Nunca esqueci do limoeiro
e das flores do laranjal
que exalavam tanto perfume
no fundo daquele quintal.
Saudade de quando
bem cedo eu acordava
e da minha janela avistava,
o sol dobrando na curva
e de longe já avisava
que o dia seria bonito,
naquele céu de azul infinito.
Mas saudade é só lembrança
dos bons momentos vividos.
Há quem nunca sinta saudade
porque nunca viveu de verdade.
manuscrito de 2011/ARQ/19.097//