Me lembro bem, eis que aquele professor,... roberto auad

Me lembro bem, eis que aquele professor, ainda vivo e meu amigo, e só pode ser, pois ele ministro, me coloca a sua sobrinha, para ser estagiária num pequeno escritório para trabalhar comigo e ainda paga o salário da moça brilhante. Penso, exasperadamente o motivo disso tudo, e me vejo ali, nas escadaria que davam a congregação e ele me dizendo: estou lhe entregando o meu livro e lhe digo que sofri muito ao lê-lo. Ele é seu. Tratava-se da fenomenologia do espirito de Georg Wilhelm Friedrich Hegel, sinceramente, não tive qualquer dificuldade. Na verdade, eu o Ricardo Antônio Lucas Camargo, Braga da Rocha, Vinícius Lima,talvez o Gladston Mamede II que eu tinha pouco contacto, e por certo diversos outros que não tive o prazer de prosear. Naqueles tempos duros na faculdade, que nos exigiam muitas vezes mais do que podíamos, ficou a certeza, que o trabalho intelectual, é árduo, pesaroso e muitas vezes extremamento doído, eis que muitas vezes abandonamos a vida, para embrenharmos na morte e entender o que significa a vida. Hegel como Marx entenderam que este ainda este pobre saber da experiência que faz a consciência, colocando-se contra os critérios de verdade, ali naquele momento, Kant, deixou de ser a priori de ser o único saber e a partir disto vi que a cultura passou a ser um dos pontos fundamentais do saber. è certo que homens, vaidosos como Marx e Hegel, travassem esta batalha histórica por anos luz, iluminando o pouco que ainda nos permite pensar no mundo que vivemos. Creo, que do conta ponto e voltando a Kant, que o paradoxo possível, é como Marx, aleatoriamente escreveu que o homem (capitalismo)chegará ao ponto de consumir ao extremo, que não será mais natural. Traduzo, o homem chegará ao extremo de seu consumismo, que não terá qualquer dádiva que a natureza um dia lhe ofereceu. Creio que com tudo que vivemos, Kant, Marx, Hegel e os citados, nunca seriam adversários nestes tempos de fim dos tempos.