O LABIRINTO DA VIDA É como eu se... Elizamar Lanoa

O LABIRINTO DA VIDA
É como eu se tivesse acordado
em um extenso labirinto, cheio de atalhos
tortuosos, e armadilhas infindáveis.
É como se falseasse cada suspiro
E roubasse momentaneamente o ar,
O oxigênio seco, a mistura com outros
Causadores dos formigamentos indesejáveis.

É como se andasse descalça,
Num mar de espinhos prontos
Para perfurar, sangrar os pés
As camadas de meu próprio eu,
Foram rompidas.

É como se a fortaleza que segura
Desabasse, descesse lentamente,
Machucando as últimas esperanças.
Dos obstáculos, desviavam-se, mas
A válvula de escape se rompia
A cada nova tentativa.

A saída se perdera no instante da entrada
O labirinto da vida se fechava,
A inconstante vontade de fugir,
Empurra o corpo que jaz na forma física
Da persistência.

Pelo suor gasto no caminho galgado,
Nada surge para salvar, para mostrar
Que a labuta estava valendo apena
Que no final do labirinto,
Uma luz iluminaria a saída.

É como se tudo transcendesse
a realidade, o reflexo da imagem
no espelho transformasse a face num
Místico mistério que já não suporta a pressão.

Afastou-se o cansaço, e convidara-se o descanso
para terminar a jornada, os sentidos que dantes
Furtara o ar, já não tem sede de respirar.

É como se a luz tão desejada,
Surgisse para mostrar finalmente,
Uma rota de fuga, toda via, sucumbiu-se
O corpo desfaleceu, a frieza tomou conta.

Avistou-se o fim do labirinto, a vida,
O roteiro de existência chegara ao
Seu desfecho final percorreu-se todas as
Curvas, cada espaço planejado.

A única verdade que jamais
Refuta-se é chegar à saída do labirinto
E não encontrar a liberdade.
Deparar-se com a certeza que
Viver é um labirinto.