E ela não tinha lugar. E ela não tinha... Natalia Bellieny
E ela não tinha lugar.
E ela não tinha espaço.
E ela continuava lutando contra seu inimigo invisível. Fingindo acreditar na luz, continuou se debatendo no meio da escuridão, como uma criança que tenta desesperadamente se esconder embaixo das cobertas quando as luzes do quarto se apagam e os monstros do armário se aproximam. E continuou lutando, mesmo ainda nada vendo.
Porque a luta só é perdida, ou pelo menos é o que lhe disseram, quando você desiste dela.
E continuou a se debater, acreditando que ainda não desistira da batalha. E então as luzes se ascenderam.
E ela viu seu inimigo. Não, ela viu sua própria imagem.
Por quantos anos vivera sua vida lutando contra si mesma sem nem mesmo perceber?
Quantos anos se perderam?
Quantos esforços foram em vão?
Desabou no chão.
Chorou lágrimas que não sabia que existiam. Gritou nomes que nunca ouvira.
E então, levantou a cabeça. E pela primeira vez enxergou o caminho.
E com as luz
E ela não tinha lugar.
E ela não tinha espaço.
E ela continuava lutando contra seu inimigo invisível. Fingindo acreditar na luz, continuou se debatendo no meio da escuridão, como uma criança que tenta desesperadamente se esconder embaixo das cobertas quando as luzes do quarto se apagam e os monstros do armário se aproximam. E continuou lutando, mesmo ainda nada vendo.
Porque a luta só é perdida, ou pelo menos é o que lhe disseram, quando você desiste dela.
E continuou a se debater, acreditando que ainda não desistira da batalha. E então as luzes se ascenderam.
E ela viu seu inimigo. Não, ela viu sua própria imagem.
Por quantos anos vivera sua vida lutando contra si mesma sem nem mesmo perceber?
Quantos anos se perderam?
Quantos esforços foram em vão?
Desabou no chão.
Chorou lágrimas que não sabia que existiam. Gritou nomes que nunca ouvira.
E então, levantou a cabeça. E pela primeira vez enxergou o caminho.
E com as luzes finalmente acesas, começou a caminhar.