Ás vezes a gente dá uma sorte danada... Jorge Nicodemos

Ás vezes a gente dá uma sorte danada de encontrar alguém para quem se possa dizer: Caramba! Por que não nos encontramos, antes? Me sinto tão bem contigo que é como se a gente já se conhecesse de outros tempos. Outras vidas, quem sabe!?

E tomara que a gente não perca a esperança de (re)ver a fartura dos sorrisos largos, porque esses iluminam tanto quanto sol de primavera.
Que os reencontros sejam sempre marcados pelos abraços mais apertados e sinceros. E que as partidas - quase sempre doloridas - sejam como uma breve pausa entre um beijo no olho e outro na ponta do nariz.

Que não precisemos esperar pelo inverno para nos permitir a graça de sermos e termos a companhia mais desejada para compartilhar o calor humano. E que na falta do que dizer, optemos por autorizar o coração a contar o que sabe. E que ele sempre seja o nosso companheiro de leitura.

Que antes de precisar de alguém, saibamos conviver apenas conosco. E que assim possamos oferecer o melhor de nós para quem não tiver medo de ficar.

E que aqueles que amam não deixem de dizer o que sentem. E tendo dito, que sigam a partir dai, tendo o passado sendo conjugado sempre no seu tempo, ainda que por vezes ele teime em bater à porta do presente.