Isso. Volta. Volta e rasga todo tipo de... Laís Heidemann

Isso. Volta. Volta e rasga todo tipo de documento que eu tenha assinado confirmando que não cairia nos teus encantos mais uma vez. Prove para mim que eu sou a vítima e você o vilão. Prove que você só está na história para me confundir, mas não para ficar comigo. Me diga palavras ácidas que não pareçam doces saindo dos teus lábios. Vai, J., faz qualquer coisa que mude o rumo dos meus atos. Me faz jurar pro papa que eu nunca mais vou te escrever, que nunca mais vou continuar num pensamento de que futuro teríamos se déssemos certo. Você tem a vida inteira para me fazer culpada, e apenas um dia para me fazer tua. Tome sua decisão, e nunca mais olhe para trás. Nunca mais pense “e se”, porque o início da frase acaba com meu final. Destrua todos os rastros teus aqui na minha vida. Porque talvez você não saiba, mas no primeiro mês eu me senti insana. Sentia dedos em minha pele e podia jurar que eram teus. No segundo mês, me senti deslocada. Me perguntei os trinta e um dias que tipo de raciocínio me levou estar prestes a me jogar no chão, tentando fingir que só daquela forma que desabei, e não emocionalmente. E aí chegou o terceiro mês. Talvez eu esteja incompreendida, já que tudo o que escuto são vozes alertando o meu futuro arrependimento, mas talvez eu esteja os três meses juntos, porque ainda sinto teus supostos toques, ainda penso nas consequências que tive e em voltar pro começo. Não para reviver. Para recomeçar.

"Eu queria ter te conhecido em outra vida."