“Se o amor estivesse no ar, ele usava... me
“Se o amor estivesse no ar, ele usava uma daquelas máscaras de oxigênio, não ousava respirar. Ele não era demais, demais era uma palavra tão insignificante na frente daquele garoto. Ele ia muito além. Ele dominava quem queria e quando queria. Ele transformava qualquer encontro casual num relacionamento e um relacionamento em qualquer encontro casual. As melhores línguas já tinham provado aquela boca, as melhores mãos já tinha tocado aquele corpo. Muita gente já tinha o possuído em corpo, em corpo mesmo, porque em alma ele sabia que não era de ninguém, e nunca foi. Nem o corpo aliás, porque dia era de alguém no seguinte já de outrem. Ele nunca era dominado, ele dominava. Ele era pior do que qualquer rapariga que se encontra por ai, ele não roubava carteiras nem cigarros, ele roubava o que não podia ser recuperado. Ele roubava almas, corações, pensamentos e vidas. E ele tinha certeza apenas de uma coisa: foi dele um dia, será dele pra sempre.”