Dopamina Há um tempo que tranquei minha... Caffèmia, Blasfêmia
Dopamina
Há um tempo que tranquei minha boca
Para os copos transbordando alcoolismo
Você é o único prazer em alto teor que devo provar
Há um tempo que fechei meus pulmões
Para cigarros que já haviam se tornado sagrados
Você é o único mau que me tira o ar
Há um tempo que fechei meus olhos
Para a realidade que destruía meu mundo
Você é minha única bomba nuclear
E há quem diga
Que sustento meus vícios
Invés de alimentar nosso amor
E há quem siga
Os caminhos dos quais fujo
Para não sentir dor
Há bons anos que afastei-me do ciclo
Vicioso que minha vida se tornara
Por conta de caos que se tornara constante
Há bons anos que entreguei-me à ti
Como forma de protesto às minhas origens
Por conta de um amor viciante
Há bons milênios que vago por aí
Em busca de um corpo capaz
De me encaixar a ti
Para provar e ter overdose
Da dopamina que traz
Tua presença
Que me é vicio
Desde o início
De todo fim.