Então, eu mudei. Mudei porque é disso... Bia Antunes
Então, eu mudei. Mudei porque é disso que a vida é feita, também. Mas a transformação foi completa, completa mesmo. Virei a página, abandonei velhos costumes, adquiri novas manias, mudei alguns conceitos, mantive meus princípios, isolei alguns defeitos – mas não totalmente, porque eles também são parte de mim – reavaliei o caminho e tracei o percurso. O que realmente deve ficar, ficou. O resto, eu guardei. Dentro de caixas, de malas, de uma parte do meu cérebro e do coração. Não joguei nada fora, até porque não faria muito sentido abster de coisas pretéritas que já não causavam devaneio algum. Eu gosto de lembrar das coisas boas, e das ruins também. Todas têm lá a sua serventia. Então, eu mudei. Transformei a vida em poesia. Versos que viram canção. Canção de doce melodia. Ritmo e dança. Alegria! Eis a glória triunfante de todos os dias. Da vida. Aqui, e depois. E sempre.