Agoniza uma alma Numa fria cela... IsabelMoraisRibeiro
Agoniza uma alma
Numa fria cela confinada
De grades de ferro
De uma rainha sem trono
Sem coração
Sem dono
Isolada num quarto frio
Onde habita
Com lágrimas
Soltas amordaçadas
Grito
Grito de quem desespera
Sangue do corpo
Onde a alma quer partir
Encontrar um abrigo
Ser livre
Sem estar comigo
Nas águas de um rio
Que reza
Caminha descalça
Vagueia sem fim
Com seu corpo desnudado
Tem frio mas não tem abrigo
Tudo nela está ausente
Treme na pele de quem já não sente
Cada lágrima cai na alma
Vive em efêmeros sentimentos
No fim veremos escrito
Na lápide da sua sepultura
jaz aqui uma rainha sem coroa
amada e desejada por todos!