ESTRANHA MUDANÇA Moradores de um vale... Edilson Alves

ESTRANHA MUDANÇA

Moradores de um vale perdido. Tinham como sustento as caças ligeiras, que pegava com seus passos lentos e firmes. Suas casas eram as cavernas, construídas ao querer do tempo.
Suas diversões, a alegria do companheirismo. Seus prazeres puderem ver cada dia, o inicio de um novo horizonte.
Não tinham energia. Carros não os possuíam. Assim sendo, não precisavam desmatar as florestas para construção de novas estradas.
As noites eram silenciosas, ouvia-se de vez enquanto o sorriso de uma criança feliz, que brincava com um javali domesticado.
Moradores de um vale perdido. Passaram a ver durante a noite, luzes, milhares delas. Luzes coloridas, multicores. Carros, computadores.
Um mundo completamente informatizado, televisionado, violado!
Um a um; deixaram as suas caças ligeiras, e os seus passos lentos, suas cavernas úmidas, porém seguras, seu companheirismo, prazeres e alegria.
Suas diversões, agora seriam outras.
Um após outro, trocaram o silêncio do vale, pelo barulho da cidade enfumaçada.
Hoje; já não se encontra o vale perdido. Nem tão pouco os homens das cavernas.
Entre esse povo civilizados.