O que sonhei naquela noite, eu não paro... Julio Ramos da Cruz Neto
O que sonhei naquela noite, eu não paro de pensar
Não me via nesse mundo, pois estava noutro lugar
Numa sala muito grande, muita gente a observar
Só depois que me sentei, que começaram a se sentar
Um homem a minha frente, chorando começou a falar
Jurava sua inocência e que tinha filhos a sustentar
Perplexos por alguns segundos, comecei a desconfiar
Que ali era um juiz, que o pobre homem eu iria ter que julgar
O desespero me deixou tremulo, pela responsabilidade de legislar
Minha consciência se confundia, entre absolver e condenar.
Pedi então a Deus, para dali ele me tirar
Atendendo meu apelo, ao meu mundo me fez voltar.
Despertando em meio aos prantos, ajoelhei e comecei orar
Prometi ao Pai amado, que nunca mais, ninguém, eu irei julgar