NÃO O calor rasga a minha pele O furor... Augusto Gustavo
NÃO
O calor rasga a minha pele
O furor esgotado em trevas
Escorrega na fúria encantada da Eva
Um "NÃO" pode ser ao rasgar do véu
E abrir o sonho do Céu
Não pereça no abrolho
Não procure no quintal as farras
Não faz sentido agir às cegas
Não contamine ao filhote de Leão as garras
Não mistures o púlpito com álcool
Não procure amanhã no passado
Não respire o peixe no anzol
Não contamines Santidade ao pecado
Perdure o "Não" e perceberás que nada valeu
Presentes de memória comprei
Coração arrebatei, só que morreu
Mas não sei...
Sim!... O Não prevaleceu...