Julgamentos. Normalmente, um julgamento... Caio Nunes
Julgamentos. Normalmente, um julgamento se dá na junção de duas partes distintas, uma buscando condenação, a outra sempre que possível, a absolvição. Ao que conste, ambas tem o mesmo peso e tecnicamente o mesmo poder. Nem sempre a condenação é justa, as vezes a sensação de impunidade impera, mas os dois lados continuam sempre numa disputa que parece sem fim. Em nossas vidas, ao contrário do que diz a lei, que: "todas as pessoas são inocentes até que se prove o contrário", a divisão não é tão igualitária. Muitas vezes julgamos as pessoas sem direito a defesa alguma, baseado unicamente naquilo que achamos ser o certo. Certo este que muda de Ser para Ser, pois cada um de nós busca algo que pensa ser bom para si próprio. Cometer esta injustiça com o próximo tem se tornado comum nos dias de hoje, porque além de achar que estamos certos, condenamos as ações alheias sem ao menos nos importar com as razões que o levaram a tal ato. A pergunta é: Será que a punição imposta no meu Ser, ao próximo, não se aplica primeiramente a mim, que o julguei sem ao menos saber suas razões? Empatia não significa ter que cometer os mesmos erros da pessoa para se colocar em seu lugar, isso é tolice. O real significado da expressão se define na maneira que passamos a ver o outro com seus problemas e seus erros como se fossemos a nós mesmos. Então a afirmação é verdadeira: Julgar sem conhecer a causa, apoiado em nada mais que a sua vontade, não o torna diferente do tolo que abre a boca para falar sobre algo que não conhece.