O Moribundo Ao olhar para janela do... Gustavo Miranda

O Moribundo

Ao olhar para janela do quarto, pode-se ver lá fora a luz que invade o espaço vazio.
Um espaço de um mundo sombrio de um moribundo qualquer que só sonhava em ser feliz.
Tinha uma vida de inveja a muitos mortais, mas o que faltava a ele não eram coisas reais.
Queria tudo o que pensava que todo mundo tinha, mas só sonhava com aquilo no seu mundo de mentirinha.
Até que não suportou mais não receber o que a vida lhe prometeu, de tanto pensar naquilo se perdeu completamente do seu eu.

Ele disse chega!
Não quero mais essa lambança, lembro dos meus tempos de criança, onde eu parecia feliz.
Sonhava com um futuro onde o mundo me quis.
Agora nada faz sentido, o que eu quero parece irreal.
Talvez isso porque eu não seja um normal.

Na redoma onde se esconde surgem pensamentos não filtrados.
Todo dia na sua cama tem seus sonhos torturados.
Cada vez que algo parece perto e fácil ele consegue e comemora, mas mal ele sabe que em pouco tempo isso vai embora.
Cada vez seus prazeres diminuem até não restar mais nada, tudo que ele gostava agora é uma cena congelada.
O mundo perfeito do moribundo fica em sonhos, enquanto vive o nada em um mundo de demônios.

Ele disse chega!
Não quero mais essa lambança, lembro dos meus tempos de criança, onde eu parecia feliz.
Sonhava com um futuro onde o mundo me quis.
Agora nada faz sentido, o que eu quero parece irreal.
Talvez isso porque eu não seja um normal.