Há quem diga que Jesus não existiu. Eu... Francis Iácona
Há quem diga que Jesus não existiu. Eu não penso assim e creio nele. Mas, mesmo que não tenha existido, uma coisa é certa: o drama envolvendo sua prisão, condenação e finalmente sua morte pode ser considerado como a maior parábola que retrata a sociedade em que vivemos, de todos os tempos. Encontramos na sociedade os antigos fariseus (símbolo da hipocrisia), as testemunhas falsas (os puxa-sacos de hoje que mentem para atender a um apelo de uma autoridade qualquer), os Judas, os Pilatos (e como tem Pilatos neste mundo! Todos em cima do muro ou lavando as mãos). Ali vemos o retrato da sociedade volúvel. No domingo aplaude, na sexta-feira condena. Essa é massa que os políticos fazem o que bem entendem com ela. O amigo em que se depunha fé, na hora do vamos ver nos abandona e ainda diz para diversas pessoas que não nos conhece!... Os jogos políticos envolvendo Pilatos e Herodes podem ser vistos entre presidentes de empresas, entre dois advogados que não se davam bem, entre dois juízes que têm divergência. Nestes casos todos um coitado qualquer serve de pretexto para o jogo e tudo acaba bem entre eles e o coitado continua na pior... E por aí vai. São muitos detalhes da história sagrada que tenho encontrado correspondentes em nosso mundinho velho. Se não existiu o Cristo, quem escreveu os textos evangélicos foi uma pessoa muito arguta.