Mas é isso mesmo, não? Estamos todos... Raniere Gonçalves
Mas é isso mesmo, não? Estamos todos fadados ao apego desmedido.
Nos esquecemos que a vida é efêmera e para voar precisamos de ventos e de velocidade.
Esses sapatos de chumbo teimam em nos firmar: instintos de sobrevivência desnecessários em tempos de abastança.
Também tenho pensado e repensado tudo.
O tempo urge, a vida escoa...
Olho no espelho e tenho apenas vinte anos.
Parece bobagem mas eternizar passados às vezes não passa de nostalgias recorrentes.
Fiquei sabendo de planos que já ficaram para o outro ano. Pena.
Os trens têm horários rígidos.
E passam de tempos em tempos por nosso presente.
É preciso coragem para embarcar.
E também para as necessárias despedidas do que ficará pra trás.
No fundo tudo se ajeita.
Escolhas são sempre traumáticas mas imprescindíveis e inevitáveis.
Não escolher já é uma escolha...