Antiquário. Velharias que outrora... Thiago Figueiredo

Antiquário.

Velharias que outrora enfeitavam a sala, os quartos e a casa.
Muitos artigos de luxo, estão à vendo por qualquer tostão.
Nesse antiquário estão disponíveis valores, sentidos, riquezas,
Que não se desgastam com o tempo, que não se limita ao momento.
O prazer de sentar na porta ouvir as histórias, e contos antigos.
Valores que foram esquecidos, o que aprendeu uma geração.
De como faziam os brinquedos usando sabugos madeiras e latas,
Um simples mexer na areia, já era motivo pra diversão.
O que dava o tempero do almoço, não era o gosto, mas o sabor de ter,
Gente que cuida da gente, gente que sabe ser gente,
Em cada bocado havia um grato sorriso por ter repartido,
Um simples pedaço de pão, virava desculpa pra comunhão. Mas, não se consulta o passado não olham-se os lados,
Pra que perceber que o solo que hoje pisamos custou o sangue de uma geração;
Mudou-se o trato, não tem mais cuidado, já não se cultiva valores,
Pra que manter os pudores, se todos preferem a diversão...

Eu vi, que o amor ainda guardava, o que eu procurava,
Tudo o que eu precisava estava ali,
E ao voltar para casa, meu antiquário,
Eu percebi que a vida, estava aqui!