A minha criatividade, a minha liberdade... Rafaella Kristinne
A minha criatividade, a minha liberdade de expressão, a minha importância e o meu cérebro foram socados no ralo da pia do mesmo jeito que se amassam as batatas ou que as abóboras saem dos porcos. Todo o esforço que os membros imaginários do meu pensamento fizeram para expelir as idéias do meu cérebro foram ignorados e engolidos sem ter seu gosto sentido nos paladares alheios.
É claro que esse não era o objetivo; o objetivo era ter gosto azedo e provocar reações adversas nos organismos oculares e cerebrais dos indivíduos que cruzassem com a energia que eu expeli.
Em alguns sistemas as reações não ocorrem dessa maneira, o meu vômito cerebral/sentimental causa sensações familiares e uma identificação imediata, e após isso é criada uma relação entre vômito e estômago e essa relação é dificilmente apodrecida.
E é exatamente com essa agressividade que eu espirro em cima das pessoas os miolos da minha imaginação.