Nada é bom para sempre, nada é ruim... Clarissa Corrêa
Nada é bom para sempre, nada é ruim eternamente. Dias bons e ruins irão nos acompanhar até o último dia de nossas vidas. O grande questionamento é: como viver esses dias? O que fazer com eles? Como suportar medos e conflitos? Simples: vivendo. Não é sobrevivendo, é vivendo mesmo. Precisamos fazer o que podemos fazer. Nem mais, nem menos. Temos que encarar medos, sustos, passado, angústias, desamores e seguir. Encontrar algo que estimule e procurar viver da melhor forma que conseguirmos. Não dá para se achar mártir, não dá para desistir, não dá para pensar que nada tem jeito. As coisas têm, sim, jeito. Talvez não aquele que queremos, sonhamos ou desejamos. Mas tudo tem uma saída. Nossa grande missão é achá-la.
A vida é como um parque de diversões, nós somos crianças no gira-gira. Em alguns momentos ficar girando é legal, damos risadas, sentimos friozinho na barriga, ficamos felizes. Em outros momentos aquela "giração" toda começa a dar enjoo, aflição, tontura. Então precisamos parar, aceitar aquela tontura toda, pegá-la no colo e fazê-la passar.
É bem isso: nada é para sempre e nenhum sofrimento é eterno. Tudo tem fim, inclusive alegrias e tristezas. Sei que parece meio duro dizer isso, não pense que estou descrente, a realidade me visita de vez em quando e tenho essas crises de franqueza. É que não dá para viver de sonho, de luz, de esperança. Precisamos, também, viver de realidade e enxergar as coisas como elas são.
Ando um pouco assustada com a vida. As pessoas, por mais que eu não queira, vivem me surpreendendo. Algumas para o bem e outras para o mal. Sei que ninguém é santo nem demônio. Também sei que expectativas são apenas expectativas. Mas as pequenas decepções ocorrem diariamente, é inevitável. Eu decepciono, você decepciona, eles decepcionam. E assim a vida segue, um pouco decepcionada, mas com um tantinho de fé.
A gente precisa acreditar para poder viver em paz.