“Eles se amam. Todo mundo sabe mas... Tati Bernardi
“Eles se amam. Todo mundo sabe mas ninguém acredita. Não conseguem ficar juntos. Simples. Complexo. Quase impossivel. Ele continua vivendo sua vidinha idealizada e ela continua idealizando sua vidinha. Alguns dizem que isso jamais daria certo. Outros dizem que foram feitos um para o outro. Eles preferem não dizer nada. Preferem meias palavras e milhares de coisas não ditas. Ela quer atitudes, ele quer ela. Todas as noites ela pensa nele, e todas as manhãs ele pensa nela. E assim vão vivendo até quando a vontade de estar com o outro for maior do que os outros. Enquanto o mundo vive lá fora, dentro de cada um tem um pedaço do outro. E mesmo sorrindo por ai, cada um sabe a falta que o outro faz. Nunca mais se viram, nunca mais se tocaram e nunca mais serão os mesmos. É fácil porque os dias passam rápidos demais, é difícil porque o sentimento fica, vai ficando e permanece dentro deles. E todos os dias eles se perguntam o que fazer. E imaginam os abraços, as noites com dores nas costas esquecidas pelo primeiro sorriso do outro. E que no momento certo se reencontrem e que nada, nada seja por acaso.”
Muitas vezes as reviravoltas servem para nos sacudir, para nos fazer acordar. Para mostrar que a gente merece mais, muito mais. Não vale a pena se desgastar com ignorância, fofoca e falsidade. Não faz bem para a saúde conviver com mesquinharia. Ambientes carregados não fazem bem para a alma de ninguém.
Você deixa um alfinete cair no chão do seu quarto e pensa “daqui a pouco eu pego". Horas depois você se esquece, se distrai, e acaba pisando em cima, sente uma dor terrível. Você sabe que poderia ter evitado com um simples gesto, mas mesmo assim fica com ódio por ter se machucado de forma tão idiota. Você se recusa a acreditar que algo tão inofensivo no momento possa te fazer algum mal. Se esquece que pequenas coisas podem causar dores insuportáveis. Mas aprende que nem toda dor é física.
Seja forte, a vida exige isso de você.
“Você dormiu com o celular embaixo do travesseiro. Porque até uma ligação dele bêbado, de madrugada, te querendo como última opção, pode ser melhor que esse silêncio.”
Eu sofro sendo assim, eu sofro porque, quando você acha mais da metade do mundo babaca, você passa muito tempo sozinho.
Ele disse para ela ir se tratar, e então foi isso que ela fez. Tratou o cabelo, tratou a pele, tratou do corpo, tratou de conhecer gente nova, tratou de viajar, tratou de rir, tratou de se divertir… E foi se tratando que percebeu que não precisa dele pra ser amada, e sem ele tratou de ser feliz.
Uma caixa inteira de Bis pra não ligar pra ele. Saudade não mata, mas engorda.
“Queria estar contigo nesse momento, te abraçando… aliás eu queria te abraçar para sempre, e mesmo assim acho que não seria o suficiente. Queria sentir o calor do seu beijo. Te dar carinho, fazendo de tudo para arrancar um sorriso seu. Ah, o seu sorriso, como pode existir uma coisa tão perfeita como o seu sorriso? […] Ainda sonho com o dia que vamos nos encontrar, dar risadas juntos, fazer o tempo parar. Quero contigo aprender o que é amar, e esquecer a palavra abandonar. Juro estar com você quando você mais precisar, fazer sorrir quando sua vontade for chorar.”
“E no meio da noite, quando eu decido que estou ótima afinal de contas tenho uma vida incrível e nem amava mesmo você, eu me lembro de umas coisas de mil anos e começo a amar você de um jeito que, infelizmente, não se parece em nada com pouco amor e não se parece em nada com algo prestes a acabar.”
“Chega, chega. Pra que isso? Se ele estiver com alguém agora, e daí? Ele e eu não temos nada a ver, certo? Porque era bom e tal. Aliás, meu Deus, como era bom. Mas não era bom pra ficar junto, certo? Então pronto. Chega. Adulta, adulta…”
“Talvez eu até esteja errada, mas que se dane. Se uma pessoa não tem paciência nem pra conquistar minha confiança e afastar meus medos, o que eu posso esperar então? Sou quebra-cabeça de 500 mil peças, quem não tiver capacidade, tenta um jogo mais fácil. Eu supero e agradeço.”
“Mas o que dói mesmo é esse finalzinho de dia. A hora que eu validava a minha existência com a sua atenção. A hora que eu representava o mundo para a única plateia que me interessa. A hora que eu me irritava um pouco, porque fazia parte. E então tudo isso que pensei e vivi ganhava um motivo maravilhoso e digno que era virar imagem no seu ouvido. Virar realidade. Agora fico aqui me perguntando se eu existo mesmo. Porque se não me conto pra você, o que eu sou? Pra que serve?”
“Tenho medo de decepcionar as pessoas, de magoá-las, de fazê-las cansarem de mim. Só queria que elas também tivessem esse medo.”
“Já que não tenho coragem de assumir minha loucura, queria que ao menos algum canto do mundo me acolhesse. E me abraçasse e dissesse que tudo bem, tudo bem de vez em quando eu perder assim a razão ou o equilíbrio. Eu queria que existisse um canto do mundo que nunca me dissesse ‘’ei, você se expõe demais’’ e que me deixasse ser assim e apenas me deixasse ficar quietinha e quente quando o mundo resolvesse me magoar porque eu sou briguenta, mas sou mais sensível que maria-mole na frigideira.”