JARDIM DOS EXILADOS Um unicórnio corre... André Zanarella

JARDIM DOS EXILADOS

Um unicórnio corre solto,
Disputando com Pegasus.
O miniaturo apenas chora.
Chapeuzinho se rende ao lobo.
Vampiros deitam ao sol.
Lúcifer é de extrema beleza,
Bebe vinho com Rafael e Miguel.
Eu sentado na mesa do bar a queria,
Observo os grupos ao meu redor,
Falta a presença da peça mais importante,
Sinto-me um exilado sendo tão normal...
No espelho não vejo chifres e nem asas,
Não sou arcanjo caído e nem adorado,
Vivo apenas para me doar e amar...
Queria a compreensão do mundo,
A aceitação do que vejo no espelho partido,
Ouço o uivo dos lobos que predam
Isso não me faz mais teme,
Estou tão sozinho nesse jardim,
Tenho medo da solidão,
De uma possível separação,
Mas tenho mais medo que eu veja apenas a consolação.
No meio de um jardim encantado,
Falta a flor mais linda,
Tento separar nossos mundos,
Nossas crenças,
Nossas culturas,
Talvez criando mundos distintos nosso amor sobreviva,
Mas em tudo a vejo, pois sou cercado por encantados...

André Zanarella 18-11-2012
http://www.recantodasletras.com.br/poesias/4589971